Sinto uma presença.
Feminina.
Ela me acompanha,
Desde minha última internação no Hospital.
Quando me encontrava no leito,
Lutando contra a morte,
Ela apareceu.
Senti que segurou a minha mão
E permaneceu:
Insistente e
Silenciosa.
Ela fica ao meu lado,
Não sei o que quer de mim!
Será anjo?
Será demônio?
Ela não está aqui para me salvar,
Disso eu sei.
Ela me olha,
Me vela,
Me testemunha.
Será a Morte a me chamar?
Não sei.
Mas como é bom ter alguém
Que fique, que permaneça.
Mesmo quando eu não sei de mim.
Não sei o Fim –
Só há tensão e incertezas.
Não sei o que é você.
Não sei quem é você.
Mas fique ao meu lado.
Permaneça.
Permaneça até o Fim.