Na praça, os troncos das árvores estão pelados, cinzentos. As folhas se soltam dos galhos: chuva seca em câmera lenta. O sol bate timidamente, aquecendo o frio invernal. Meu cachorro velho passeia nesse cenário… Fareja o chão…distraído, e às vezes … ler mais
Mergulhada no desvigor, Tenho que voltar para superfície. Mas não há nada
A morte da mãe é também morte do filho Porque todo o filho veio de uma mãe E quando a mãe morre, com toda a sua ternura e cuidado, Com todo o olhar caloroso que só uma mãe pode dar … ler mais
Minha ansiedade é matadora. Posso passar horas a fio perdida em meus pensamentos obsessivos. Fico mergulhada em questões labirínticas. Entro repetidamente no meu e-mail, procurando a-provação de Nada. Sou merda, Inútil, Desamparada… Vazia e Sem cor. Ai o sono me … ler mais
Passa- tempo para que eu possa esquecer. Mais um dia se foi: arrastado, moroso, sem colorido, só desabrigo.
Entro no escritório de meu pai Ele sentado, cabisbaixo Sai de sua boca uma frase letal e atordoante: Seu primo morreu… se matou. O silêncio pesado, então se faz Sinto cheiro de morte no ar Penso no meu primo. Penso … ler mais
Me sinto como um indonésio: olhando desolado seu antigo lar devastado por uma onda gigante assassina.
Em casa, sozinha, completamente sozinha. Vazia, oca por dentro. Sem calor, só um grande buraco que fica cada vez mais fundo. Um poço sem fim. Uma queda infinita. Pensamentos essenciais e originários povoam a cabeça. Qual o sentido da existência? … ler mais
Quando eu sumir, O que será que restará de mim? Nada, absolutamente nada. O que fica é o que de mim nos outros permaneceu vivo. Me sinto morta, um pouco morta, Como se a vida em mim tivesse sido extinta. … ler mais
Sinto uma presença. Feminina. Ela me acompanha, Desde minha última internação no Hospital. Quando me encontrava no leito, Lutando contra a morte, Ela apareceu. Senti que segurou a minha mão E permaneceu: Insistente e Silenciosa. Ela fica ao meu lado, … ler mais